Tenho Monstros na Barriga

Escrever para crianças é um desafio e tanto.

Sempre quis escrever um livro. Acho que aquele velho ditado de que todo mundo deveria plantar uma árvore, escrever um livro e ter um filho, ficou na minha cabeça desde a primeira vez que ouvi isso. A árvore eu plantei quando era pequena. O livro seria o próximo desafio. O filho fica para um pouco mais tarde.

Decidi escrever um livro infantil. Achei que pudesse ser mais fácil. Ledo engano. Escrever para crianças é um desafio e tanto.

Numa espécie de autobiografia não autorizada, retrato um pouco dos meus sentimentos nesse livro. Com uma linguagem infantil. Não preciso nem dizer que  meus sentimentos ficam na minha barriga. Alguns um pouco mais pra cima, outros um pouco mais para baixo. Mas todos vivem lá. E para lidar melhor com eles, eu dava nome a cada um dos sentimentos que viviam na minha barriga. Na verdade, eu visualizava esses sentimentos como monstrinhos. E por que não ensinar as crianças a identificarem seus sentimentos da mesma forma que eu fazia? – apesar de já ser adulta.

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Nesse livro, integro meus monstrinhos com a teoria de desenvolvimento de inteligência emocional, minha paixão e o foco dos meus estudos. A inteligência emocional melhora a auto-estima das crianças, reduz o bullying, a raiva e a ansiedade, além de reduzir a agressividade e a depressão. Além disso, o desenvolvimento da inteligência emocional melhora as notas na escola e o engajamento dos alunos, e têm impacto nas relações sociais das crianças, aumentando também a cooperação entre elas. Conforme o RULER, Centro de Inteligência Emocional de Yale (tradução livre), o primeiro passo para desenvolver a inteligência emocional é nomear emoções. E é exatamente esse primeiro passo que o livro “Tenho Monstrinhos na Barriga”  busca trabalhar.

De forma interativa e com atividades para serem feitas com os pais e/ou professores, as crianças poderão explorar seus sentimentos e ainda dividir com os adultos seus sentimentos e suas experiências, através da estória que é contada pelo Marcelo, personagem principal. Além das atividades, as crianças também poderão criar seus próprios monstrinhos e montar os monstrinhos do livro, em forma de um toy art.

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Para que essa ideia alcance as escolas do Brasil todo, um teste do livro será feito e distribuído entre os apoiadores do projeto e escolas públicas do Brasil inteiro. A dinâmica de utilização do livro será testada e, com os feedbacks, uma segunda edição será lançada.

Ficou curioso?

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Qual o conteúdo da Base Nacional Comum?

Que critérios usar para decidir o que entra e o que não entra no documento? Com certeza, esse é o pilar de uma das discussões mais relevante nesse processo de construção de um currículo comum no Brasil. Essas discussões passam por qual papel é da escola na vida dos alunos, quais são os conhecimentos básicos que vão precisar para desenvolverem seu papel como adultos. Adultos cidadãos e produtivos na sociedade.

Existe um gap entre o que os alunos aprendem durante a educação básica e o que é esperado deles na vida adulta. Esse fato se evidencia na pesquisa realizada pela Fundação Lemann com apoio técnico do Movimento Todos pela Educação.

A incapacidade dos jovens formados de usar os conhecimentos aprendidos na vida real é resultado de uma desconexão entre o que é ensinado na escola e o que é exigido do aluno durante sua vida. Outro ponto citado pelos empregadores e professores de faculdade refere-se às competências socioemocionais. Dentre essas, as mais citadas são a proatividade, curiosidade, persistência e comprometimento. Nitidamente, os jovens chegam no mercado de trabalho sem essas competências. E por que não começar a desenvolvê-las na escola?

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Nesse sentido, a inclusão das competências para a vida torna-se condição sine qua non para formarmos nosso jovem. Não somente para o ENEM e para o Ensino Superior. Mas sim, para o mercado de trabalho e para a vida.


Especialista indicam aspectos do que é importante no desenho da Base Nacional Comum para garantir uma maior conexão entre o que se aprende na escola e o que é esperado na vida adulta.

O detalhamento das habilidade e competências que os alunos devem desenvolver a partir de conteúdos e conhecimento ensinados é o ponto de partida. O documento deve retratar de forma clara que conhecimentos e habilidades estão integrados e relacionados, tanto nas áreas de conhecimento quanto na progresso de aprendizagem, a cada ano. Além disso, o grau de complexidade a ser trabalhado a cada etapa do processo de aprendizagem é fundamental para definir o processo de aprendizagem.

Os especialistas ainda alertam que a BNC (Base Nacional Comum) deve indicar as competências socioemocionais essenciais para que todos os alunos desenvolvam as atitudes e habilidades que contribuam para o aprendizado dele durante toda a vida, para serem melhores pessoas e cidadãos.

A discussão sobre as competências para a vida está em voga e é preocupação de muitos educadores. A inclusão dessa temática na Base nacional comum torna-se um caminho natural para que os jovens enxerguem valor no papel da escola e consigam conectar seus aprendizados com a vida real.

A Base Nacional Comum e o Projeto de País

No último dia 8 de Julho de 2015, em Brasília, Seminário Internacional Base Nacional Comum: o que podemos aprender com evidências nacionais e internacionais que buscava discutir a construção da Base Nacional Comum teve a presença de Dave Peck, CEO da Curriculum Foundation. A curriculum Foundation é uma organização que apoia a construção de currículos de países e escolas ao redor do mundo. Sua fala proporcionou insights que divido aqui com vocês.

Primeiro, é nítido o compromisso de Dave, principalmente quando fala que não há uma receita de bolo para a BNC, mas sim, princípios que devem nortear o trabalho do currículo comum e não por mim conjunto de conteúdos. Diante disso, a definição dos sete princípios no post anterior parece estar em linha com o que defende o CEO.

Mais ainda, alertou para a importância de o currículo nacional estar conectado com o contexto, de forma a atender às demandas dos próprios alunos. Dessa forma, abordar um currículo global e contextualizado esse currículo localmente parece ser o que foi defendido por Dave. O aluno é o centro da definição do currículo e passam a exercer seu papel de cidadãos em seus países e no mundo.

A Curriculum Foundation ainda defende que um currículo de alto nível deverá prover oportunidades para o desenvolvimento do ser humano em diversos aspectos: intelectual, físico, emocional, social, científico, estético e criativo de cada indivíduo. O olhar da fundação para o ser humano como um todo conquista o educador que está preocupado na formação do indivíduo. Deixar claro e explícita esse objetivo no desenho de um currículo comum aponta para o projeto de País cuja base é a BNC.

Outro pilar fundamental estabelecido pela Curriculum Foundation é que a BNC deverá garantir o desenvolvimento de competências para o aprendizado ao longo da vida e competências para a vida, de forma que o impacto da escola seja no longo prazo e não findo o ENEM ou outro teste padronizado que venha a ser instituído. Dessa forma, o currículo comum garante mais uma vez que o indivíduo está no centro do esforço de aprendizado, valorizando a autonomia, seus interesses próprios e talentos. Nesse ponto, fica clara a conexão com o que vem sendo discutido na educação em relação às competências do século XXI. A autonomia, liderança e criatividade passam a ser estimulados e, por consequência, desenvolvidos nas crianças.

O que hoje é trabalhado na escola de forma não estruturada e não declarada, será oficializado no documento da Base Nacional Comum. Esse aprendizado em diversas áreas do conhecimento e o desenvolvimento de competências para a vida conecta o indivíduo com o mundo real e com sua própria vida. O pensamento crítico torna-se conseqüência do processo de aprendizagem e refina a capacidade de tomada de decisões para o cidadão que queremos formar no mundo.

Base Nacional Comum – Parte 1

A Base Nacional Comum parece ser o primeiro passo para garantir que todo aluno no Brasil tenha o conhecimento e habilidades adquiridas no processo de aprendizado escolar. A premissa básica é que toda criança tem o direito de aprender. Como consequência, a BNC (Base Nacional Comum) promove a a equidade na educação brasileira e pode desencadear melhorias no nosso sistema educacional.

Parece-me que, mais do que uma currículo mínimo comum para todo brasileiro, a BNC é um caminho para um projeto de nação. A premissa da Base é o pleno desenvolvimento do indivíduo, para que ele tenha sucesso na vida, na carreira e que possa exercer sua plena cidadania. A Constituição do Brasil já prevê isso. Mas anda não conseguimos colocar em prática.

O Movimento pela Base Nacional Comum foi uma iniciativa da Fundação Lemann. O documento vai representar um avanço na política educacional brasileira. Não somente por estabelecer com clareza e detalhamento necessário as habilidades e competências que cada aluno deve aprender ano a ano, como também por garantir o direito de cada brasileiro de aprender.

mais do que uma currículo mínimo comum para todo brasileiro, a BNC é um caminho para um projeto de nação

Esse movimento está preocupado com a visão de professores e gestores de escolas. Uma pesquisa da Fundação Lemann junto com o IBOPE levantou, entre outros dados, que, 93% dos professores e 98% dos gestores acreditam que saber o que é esperado que os alunos aprendam a cada ano ajuda o trabalho do professor.


O que é a BNC na prática?

Como guia para toda a rede de elementos que influenciam o aprendizado dos alunos, a Base Nacional Comum irá ditar a formação de professores, as avaliações de aprendizado e claro, os livros didáticos. O País e a indústria da Educação precisa se preparar para isso. Claramente, esses pilares não interagem entre si, causando mais diferenças entre os conhecimentos e habilidades que os alunos aprendem em cada escola. De fato, a Base Nacional Comum é uma esperança para aumentar a equidade educacional no Brasil (veja aqui  o estudo Excelência com Equidade).

Para garantir essa qualidade e equidade na educação brasileira, o Movimento pela Base elencou sete princípios básicos (figura abaixo). Esses são elementos essenciais para que a BNC tenha qualidade e possa chegar em todas as escolas no Brasil.

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Esses princípios demonstram que a BNC deve ser mais do que descrever conhecimentos acumulados ao longo do tempo. Ele deve ser definido por um conjunto de princípios.

No próximo post, vou abordar sobre o que o Movimento pela Base entende por um currículo de qualidade.

Competências para a vida podem e devem ser ensinada nas escolas

Andrew Sokatch, Diretor de Pesquisa do CharacterLab fala sobre sua ​​preocupação em relação à educação dos jovens de hoje . Ainda que considere os resultados dos testes importante, essas matérias por si só não cumprem a tarefa de integralmente educar as crianças. Ele argumenta que as competências não-cognitivas podem e devem ser ensinadas nas escolas. Portanto, persistência, auto-controle, coragem e humor, por exemplo, poderiam fazer parte do currículo escolar.

Andrew atuou como diretor-fundador de pesquis e avaliação no TNTP (The New Teacher Project) , e , mais recentemente, foi vice- presidente de pesquisa da Teach For America, onde seu trabalho se concentrou em identificar fatores relacionados à eficácia dos professores. Ele tem um PhD em política social e bem-estar das crianças e já deu aulas no Ensino Fundamental e Médio, além de aulas para universitários e alunos de pós-graduação.

Ele defende que essas competências comportamentais são críticas na vida de qualquer indivíduo, seja para o sucesso no emprego, em suas relações sociais e como cidadão. Claro que eu concordo com ele!

Veja um pouco sobre o que pensa Andrew Sokatch, nesta palestra que ele deu em um evento do TEDx, o TEDxManhattanBeach.

Pais e a Empatia dos filhos

No desafio de criar os filhos, ensinar as crianças desde cedo a serem gentis, a compreender o próximo e a se preocuparem com o próximo é parte da Educação. Empatia. Isso envolve ter consciência de si mesmos e dos outros que os rodeiam. Essa é uma competência fundamental nesse processo de aprendizado, assim como saber que suas atitudes também causam reações e sentimentos nos outros.

imagesRichard Weissbourd, um psicólogo de Harvard, dirige o projeto chamado Making Caring Common, cujo objetivo é ajudar as crianças a terem mais empatia.

Weissbourde e seus companheiros fizeram recomendações sobre como criar os filhos para se tornarem adultos atenciosos, respeitosos e responsáveis. Alertaram que as crianças não nascem simplesmente boas ou más e que nós, como adultos, nunca devemos desistir delas. As crianças precisam de adultos que irão ajudá-las a se tornar solidárias, respeitosas e responsáveis com suas comunidades. Esse é um aprendizado para a vida.

Richard Weissbourd e sua equipe descrevem dicas de como criar filhos mais gentis e atenciosos com os outros, que divido aqui com vocês:

1) Mostre que o cuidado com os outros é uma prioridade

É muito importante que as crianças ouvem de seus pais e cuidadores que se preocupar com os outros é uma prioridade e que é tão importante quanto a sua própria felicidade. As crianças aprendem carinho e respeito, quando eles são tratados dessa forma. Amar nossos filhos assume muitas formas, como cuidando de suas necessidades físicas e emocionais , proporcionando um ambiente familiar estável e seguro, demonstrando afeto, respeitando suas personalidades individuais , tendo um interesse genuíno em suas vidas, falando sobre coisas que importam para você e para eles, e afirmando a sua esforços e realizações.

Uma grande parte de priorizar carinho está segurando crianças a expectativas éticas altas, tais como honrar os seus compromissos , fazendo a coisa certa , mesmo quando é difícil , levantando-se para importantes princípios da equidade e da justiça , e insistindo que eles são respeitosos , mesmo se ele torna infelizes e mesmo que os seus pares ou outros não estão se comportando dessa forma.

Os pais tendem a priorizar a felicidade e realizações de seus filhos em relação aos outros. Porém, as crianças precisam aprender a equilibrar suas necessidades com as necessidades dos outros.

As crianças precisam ouvir dos pais que cuidar de outras pessoas é importante, além de honrar seus compromissos com os outros. Por exemplo, antes das crianças criarem uma equipe, devemos ensiná-las a considerar as suas obrigações para com o grupo, ou amigo, e incentivá-las a resolver os problemas que possam surgir. O conflito de escolher o melhor amigo para o seu time de basquete, por exemplo,sabendo que ele não joga bem é uma ótima oportunidade de aprendizado.

Tente isso:

– Planeje um tempo regular com seu filho, que seja emocionalmente íntimo. Pode ser a leitura antes de dormir todas as noites, por exemplo. Outros pais criam rotinas semanais com os seus filhos, como buscar na escola determinado dia ou assistir a alguma atividade do filho semanalmente. Outros pais preferem passar uma tarde de sábado por mês com cada um de seus filhos fazendo algo que você e eles gostam.

– Sempre que você tiver tempo com seu filho , se revezam pedindo a cada outras questões que trazem os seus pensamentos, sentimentos e experiências. Essas conversas mostram que você tem interesse na vida deles e que se preocupa com eles. Você pode fazer perguntas como:

“Qual foi a melhor parte do seu dia ? A parte mais difícil ?”

“O que você realizar hoje que você se sentir bem com você mesmo?”

” O que há algo de bom que alguém fez para você hoje ? O que há algo de bom que você fez ?”

“O que é algo que você aprendeu hoje, na escola ou fora da escola ?”

– Em vez de dizer a seus filhos: “A coisa mais importante é que você está feliz”, dizer “A coisa mais importante é que você é gentil, legal, bacana, atencioso…”.

– Faça com que seus filhos tratem os outros com respeito.

– Enfatize o carinho quando você interage com outros adultos importantes na vida de seus filhos. As crianças são mestres em seguir exemplos.

2) Seja um exemplo forte e um mentor

As crianças aprendem valores éticos, observando as ações dos adultos que respeitam. Eles também aprendem valores ao atravessar dilemas éticos com os adultos. Preste atenção se você está praticando a honestidade, justiça , e se está modelando habilidades como a resolução de conflitos de forma pacífica. Pergunte-se como você lida com as emoções difíceis?

Sabemos que ninguém é perfeito o tempo todo. É por isso que é importante também se exemplo de humildade para as crianças. A humildade, a auto-consciência e a honestidade são fundamentais para reconhecer nossos erros e falhas. Nós também precisamos respeitar o pensamento das crianças e ouvir suas perspectivas, demonstrando a elas como nós gostaríamos que elas se envolvessem com os outros e como gostaríamos que elas reconhecessem seus erros.

Tente isso:

– Seja um modelo, fazendo serviço comunitário, por exemplo, e chame seu filho para participar.

– Dê aos seus filhos um dilema ético na hora do jantar ou pergunte a eles sobre os dilemas que enfrentaram.

– Converse com seu filho quando você cometer um erro que os afeta sobre por que você acha que você fez isso , peço desculpas pelo erro, e explicar como você pretende evitar cometer o erro da próxima vez.

– Mostre transparência e abertura para seus filhos para apoiá-los quando encontrarem dificuldades.

– Cuide-se. Esse é o primeiro passo para poder cuidar melhor dos seus filhos. Para dar a eles seus 100%, vocie precisa estar 100% bem com si mesmo.

ir-lhes para considerar as suas obrigações para com o grupo ou o amigo, e incentivá-los a resolver os problemas .

3) Dê oportunidades às crianças para a prática de carinho e gratidão

As crianças precisam praticar cuidar dos outros e expressar gratidão por aqueles que cuidam deles. Estudos mostram que as pessoas que têm o hábito de expressar gratidão são mais propensas a serem generosas, compassivas e, ao também se perdoarem, além de serem mais felizes e saudáveis.

Aprender a ter gratidão é como aprender a praticar um esporte ou um instrumento: prática! Por exemplo, ensinar a importância de ajudar um amigo ou irmão com o dever de casa e dividir as tarefas de casa, como colocar a mesa do café da manhã, são exemplos diários onde pode-se ser solidário e praticar a  gratidão.

Tente isso:

Não recompense o seu filho para cada ato de gentileza, como limpar a mesa de jantar. Devemos esperar que os nossos filhos ajudem em casa, com os irmãos e com os outros. Seja grato pela atitude de seu filho, mas não recompense.

– Converse com seu filho sobre gentilezas e exemplos que você vê no dia-a-dia.

– Ensine a agradecer àqueles que contribuem ou que são gentis. tanto nas coisas grandes quanto nas pequenas. Faça da gratidão um ritual diário.

4) Expanda o círculo de cuidado e preocupação do seu filho

A maioria das crianças se preocupam com um pequeno círculo de familiares e amigos. O desafio é ajudar nossos filhos a aprenderem a cuidar de alguém fora desse círculo, como o garoto novo da classe, alguém que não fala sua língua, o zelador do prédio ou da escola, ou alguém que vive em um país distante.

As crianças precisam aprender tanto a focar, ouvindo atentamente e atendendo aqueles em seu círculo imediato, quanto expandir sua área de abrangência, considerando as diversas perspectivas das pessoas que interagem com o seu dia a dia​​. Eles também precisam considerar como suas decisões, como abandonar um time de futebol ou uma banda, podem repercutir e prejudicar várias pessoas. Especialmente neste nosso mundo globalizado, as crianças precisam desenvolver consideração pelas pessoas que vivem em diferentes culturas do que a sua própria.

Tente isso:

– Certifique-se de que seus filhos são simpáticos e gratos com todas as pessoas em suas vidas diárias, tais como motoristas de ônibus, funcionários da casa ou uma garçonete.

– Incentive as crianças a cuidarem daqueles que são vulneráveis​​. Dê a elas algumas ideias simples de como entrar na “zona de carinho e coragem”, como quando for confortar um colega que foi provocado.

– Use um artigo de jornal ou TV para incentivar seu filho a pensar sobre as dificuldades enfrentadas por crianças em outro país.

5) Promova o pensamento ético e positivo

As crianças são naturalmente interessados ​​em questões éticas e às questões voltas com essas questões éticas pode ajudá-los a descobrir , por exemplo, o que é a justiça , o que devem os outros, e o que fazer quando eles têm lealdades conflitantes. As crianças também se interessaram por assumir papéis de liderança, de querer mudar alguma coisa. Querem ser a força para o bem.

Ouvindo e ajudando as crianças a pensar através de seus próprios dilemas éticos , tais como , ” Devo convidar um novo vizinho para minha festa de aniversário quando meu melhor amigo não gosta dela ?”. Ou ainda, entender o que existe na sua comunidade para ser melhorado, e ajudá-las a montar um plano!

Tente isso:

– Seja um modelo, fazendo serviço comunitário, pelo menos uma vez por mês. Melhor mesmo é fazer este serviço com o seu filho.

– Dê aos seus filhos um dilema ético na hora do jantar ou pergunte a eles sobre os dilemas que enfrentaram.

– Incentive as crianças a tomar medidas contra os problemas que os afetam, como o cocô de cachorro na calçada, por exemplo.

– Ofereça oportunidades para que as crianças se juntem a causas, seja reduzir a pobreza ou apoiar a educação de meninas em países em desenvolvimento, ou ainda chamando a atenção para o sofrimento dos animais vítimas de abuso. Qualquer área que é de interesse deles está valendo.

– Incentivar as crianças não apenas para “fazer para ” os outros, mas para “fazer com ” os outros.

– Pense em voz alta com o seu filho. Inicie uma conversa sobre dilemas éticos que surgem em programas de TV, por exemplo. O que eles deveriam fazer quando um colega de escola lhes diz coisas ruins sobre outra criança ? Quando eles vêem que alguém está trapaceando em um teste ou roubar ? Quando eles fizeram algo errado e têm medo de admitir isso para os pais ou responsáveis ​​?

6) Oriente as crianças a desenvolver o auto-controle e a administrar sentimentos de forma eficaz

Muitas vezes, somos dominados pela raiva, vergonha, inveja, ou outros sentimentos negativos. Os adultos, e as crianças. Podemos ensinar às crianças que todos os sentimentos são normais, mas que podemos decidir a melhor forma de lidar com eles. As crianças precisam de nosso aprendizado ajuda a lidar com os sentimentos de forma produtiva .

Tente isso:

– Ajude seus filhos a identificar seus sentimentos e incentive seus filhos a falar com você sobre por que eles estão se sentindo assim. (Escrevi um livro para te apoiar nessa etapa! Chama-se Tenho Monstros na Barriga. Prometo falar mais sobre isso no próximo post!)

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– Ensine seu filho a se acalmar: pare, respire fundo pelo nariz e expire pela boca, e conte até cinco. Pode fazer junto com seu filho.

– Pratique com o seu filho como resolver conflitos. Escolha um conflito queseu filho testemunhado ou experimentado e tente reproduzir diferentes formas de responder. O objetivo é fazer com que se tenha compreensão sobre os dois lados.

– Dividir com seu filho algum momento difícil que você está vivendo e explicar a causa.

 Gostaram? Dividam com outros pais! 🙂

Minha rotina em uma KIPP School

Mas nada tirava minha vontade de pegar minha bicicleta, pegando o vento gélido no rosto, para ver aquelas crianças.

Estagiei durante 6 meses em uma KIPP School no Harlem. Acordava todos os dias às 6 da manhã, com chuva ou sol. Ou melhor, neve ou não. Era inverno e o inverno de Nova York é particularmente rigoroso. Mas nada tirava minha vontade de pegar minha bicicleta, pegando o vento gélido no rosto, para ver aquelas crianças.

A KIPP é uma organização que administra 162 escolas nos Estados Unidos e é responsável por um total de 58.000 alunos. Essa escola é apenas uma das escolas da organização, cujo modelo é de uma charter school. Simplificando, uma charter school é uma escola que recebe financiamento público, mas atua de forma independente. A escola é comunitária e privada, cuja gestão é feita por uma organização sem fins lucrativos (kipp.org), que recebe alunos gratuitamente e é financiada pelo governo, além de receber contribuições privadas.A escola que fiz estágio era apenas uma delas, a KIPP Infinity.

Todo o modelo da KIPP School é fundamentada na pesquisa do Dr. Martin Seligman da UPenn e do falecido Dr. Chris Peterson, considerados  os pais da Psicologia Positiva. Junto com o trabalho de Dr. Angela Duckworth a KIPP tem uma abordagem baseada em sete características que são preditivos de sucesso a longo prazo, vidas felizes e bem-sucedidas e bem-estar: entusiasmo, persistência, otimismo, auto-controle, gratidão, inteligência social e curiosidade. 

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Todos os dias, desde o começo da aula até meio-dia, eu ajuda a professora Ms. Leyla Bravo com as aulas de character skills – as 7 habilidades descritas acima. Essa era a primeira escola em que se pilotava aulas desse tipo na KIPP. O objetivo era ensinar habilidades não-cognitivas para as crianças de quinto e sexto anos.. Em todo o sistema, essa características são parte da cultura da escola e estão integradas com o currículo das outras matérias. Por exemplo, em uma aula de interpretação de texto, o professor solicitava que os alunos identificassem qual característica tinha o personagem principal. E mais, qual a evidência no texto que fazia com que eles soubessem que aquele personagem era curioso, por exemplo.

As aulas duram entre 20 e 30 minutos. O objetivo é discutir cada característica daquela, a importância, como pode mudar nossas atitudes e como podemos aprender estratégias para lidar com a vida. As crianças adoram as aulas e estavam sempre engajadas nos temas propostos. E elas mesmo me diziam que aquelas aulas as ajudavam não só na escola, mas também em casa. Eram habilidades que iam levar para a vida toda.


Veja aqui um vídeo da Dr. Angela Duckworth sobre persistência:


Um pouco das descrições das 7 características da KIPP School e seus comportamentos correspondentes:

ENTUSIASMO: abordar a vida com entusiasmo e energia ; sentir-se vivo e ativo

Comportamentos: Participa ativamente; mostra entusiasmo; revigora outros

 AUTO- CONTROLE: regular o que se sente e faz; ser auto-disciplinado

ComportamentosVai para a aula preparado; presta atenção e resiste a distrações; lembra e segue as instruções; começa a trabalhar de imediato, em vez de procrastinar; mantém a calma mesmo quando criticado; permite que os outros falem, sem interrupção; é educado com todos; mantém seu temperamento sob controle.

 GRATIDÃO: ser consciente e grato (a) por oportunidades que se tem e pelas coisas boas que acontecem

Comportamentos: Reconhece e demonstra apreço pelos outros; reconhece e demonstra apreço por suas oportunidades

CURIOSIDADE: ter interesse em experiências e em aprender coisas novas para o seu próprio bem; achar coisas novas fascinantes

Comportmentos: Fica ansioso para explorar coisas novas; faz perguntas e solicita respostas para aprofundar sua compreensão; ouve ativamente os outros

OTIMISMO: espera o melhor no futuro e trabalha para alcançá-lo

Comportamentos: Recupera-se de frustrações e reveses rapidamente; acredita que o esforço vai melhorar seu futuro

PERSISTÊNCIA: terminar o que começa; completa uma tarefa ou projeto apesar dos obstáculos; uma combinação de persistência e resiliência.

Comportamentos: acaba tudo o que começa; se esforça muito, mesmo depois de experimentar o fracasso; funciona de forma independente com foco no objetivo.

INTELIGÊNCIA SOCIAL: estar consciente dos motivos e sentimentos de outras pessoas e de si próprio, em grupos pequenos e grandes.

Comportamentos: Capaz de encontrar soluções durante os conflitos com os outros; demonstra respeito pelos sentimentos e perspectiva dos outros; sabe quando e como incluir outros

Pedagogia “Alternativa”

Desde que comecei a me aprofundar na Educação e em suas abordagens, me deparei com uma necessidade de entender como as crianças aprendem e como os adultos aprendem. Para as crianças, temos a pedagogia. Para os adultos, a andragogia. Venho aqui fazer um resumo sobre a diferença de ambas as abordagens.

O papel do aluno tende a ser, por definição, na Pedagogia, um papel de dependente. A expectativa do papel do professor pela sociedade é de que ele tenha total responsabilidade em determinar o que deve ser ensinado à criança, quando deve ser ensinado e como deve ser ensinado. Por fim, se, de fato, foi aprendido pelo aluno. 

Além disso, as experiência que os alunos enquanto crianças trazem para momentos de aprendizado são vistas como de pouco valor. São vistos como seres com pouca experiência para contribuir, pouca vivência. Pode ser um ponto de partida para o aprendizado, porém, na Pedagogia, o que os alunos irão aprender será proveniente do professor, dos livros ou de outros materiais ou ainda, especialistas. Portanto, as técnicas mais usadas são os métodos didáticos de transmissão de conhecimento na Pedagogia.

As crianças, portanto, aprendem o que a sociedade espera que eles aprendam. Ou o que os professores, a escola e os pais determinan. Sem escolha. Sem voz. Sem decisão. Assim, o aprendizado é a aquisição de assunto, com o currículo em sua grande maioria das vezes, organizado por assuntos.

Já na Andragogia, enquanto adultos, é natural que o processo de amadurecimento leve o adulto da posição de dependência da Pedagogia para o auto-direcionamento. O nível de auto-direcionamento é diferente para cada adulto, mas essa tende a ser uma tendência da Andragogia. Os professores têm a responsabilidade de encorajar esse processo e apoiá-lo. Geralmente, os adultos possuem uma profunda necessidade psicológica de ser autônomo e de se auto-dirigir, ainda que exerçam um papel de dependência em alguns momentos temporários.

Ainda, os adultos tendem a ser reconhecidos como um rico recurso para a aprendizagem. Portanto, diferente da Pedagogia, os métodos de ensino incluem a discussão, o debate, a resolução de problemas e  a análise de situações, por exemplo. Por terem experiência e anos de vivência, tendem a ter mais a colaborar e a construir juntos o conhecimento. Os adultos são motivados a aprender porque precisam resolver algum problema, pois são demandados por alguma situação. O aprendizado, portanto, é focado na aplicação do conhecimento na vida prática. Assim, as experiências de aprendizagem tendem a ser baseadas em vivências, uma vez que os adultos tem a o desempenho e a performance como centros da aprendizagem.

Dito isso, me pergunto sobre as várias iniciativas de educação que estão sendo criadas e ovacionadas recentemente. É um  mundo de idéias sobre educação  que fazem enorme sentido e são muito apoiados pela pesquisa, mas são pouco compreendidos ou pensado pela maioria das pessoas .

Estas abordagens nutrem  características como iniciativa, criatividade, autonomia e foco, além de promover o auto-conhecimento, já que a criança decide o que quer fazer baseada no que ela gosta de fazer.

A Escola da Ponte, criada por José Pacheco preconiza que  as crianças também são seres que controlam sua própria aprendizagem. Durante a maior parte da história humana, as próprias crianças educadas através da observação, explorando, questionando, brincando e participando . Esses instintos educativas ainda funcionam muito bem para as crianças que são fornecidos com as condições que lhes permitam florescer. O documentário Quando Sinto que Já Sei  provoca o público a pensar em outras abordagens pedagógicas para as crianças. Outras iniciativas como a Educação em casa, chamada de homeschooling e difundida nos EUA, começam a ganhar adeptos no Brasil, ainda que  o governo e alguns juristas alegam que tirar uma criança da escola é ilegal. Por outro lado, alguns pais defendem o direito de eles próprios – e não o Estado – decidirem como e onde os filhos serão educados.

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Essas iniciativas vão contra o que a Pedagogia defende. São guiadas por verdadeiros interesses das crianças que aprendem a partir de um real interesse e por meio de uma tarefa que pode ser divertida. Essas opções incluem escolas democráticas , em que as crianças dirijam suas próprias atividades e participam ativamente  na gestão e nas decisões da escola. São espaços de auto-aprendizagem, onde as crianças buscam seus próprios interesses , com o apoio dos pais e outros membros da comunidade, além dos professores, ou melhor, facilitadores do aprendizado. Estas abordagens nutrem  características como iniciativa, criatividadeautonomia e foco, além de promover o auto-conhecimento, já que a criança decide o que quer fazer baseada no que ela gosta de fazer. Essas características promovem satisfação com a vida e são cada vez mais essencial para o sucesso em nosso mundo em rápida mudança. Como um bônus adicional , o custo financeiro de tais abordagens provou ser muito menos do que a escolaridade chamada de “tradicional” .

Nosso modelo de escolaridade coercitiva não é bom para as crianças. Escolas em que as crianças são obrigadas a suportar (acho que suportar é mesmo o melhor verbo aqui) a aprendizagem é motivada por recompensas extrínsecas e punições , e não por verdadeiros interesses das crianças.  Esse modelo acaba suprimindo a curiosidade natural e substitui formas naturais de aprendizagem das crianças. Alternativas reais já existem e têm tido resultados. Porém, a abordagem “alternativa” deveria guiar a real pedagogia.

Para implantação de um currículo de Competências Sociais e Emocionais

Como já falei em um post anterior, a aprendizagem de competências sociais e emocionais é mais do que somente um currículo. Uma das estratégias que encontrei em minhas pesquisas para implantação desse currículo pode parecer bem simples e fácil de lembrar: O padrão “SAFE” (seguro, em português) é reconhecido como uma estratégia de implementação de um currículo de Competências Sociais e Emocionais.

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Abaixo, explico o que cada letra significa:

Sequenced: Seguir as seqüências de experiências do currículo, que deve incluir um plano de atividades desenhadas para desenvolver as competências de forma sequenciada e no detalhe de passo-a-passo.

Active: Incorporar atividades ativas de aprendizagem, como jogos, por exemplo, e atividades para criar o senso de comunidade e pertencimento.

Focused: Agendar tempos específicos  para o desenvolvimento do currículo de competências sociais e emocionais ao longo do ano.

Explicit: Ensinar de forma explícita os domínios das competências sociais e emocionais definidas pela escola, como auto-conhecimento, auto-regulação, conhecimento social, relacionamento e tomada de decisão de forma responsável.

Parece simples, mas, na verdade, como conectar e adaptar o “SAFE” com as necessidades do alunos? 

Utilizar material e atividades relevantes não só culturalmente como também adequadas e relevantes para cada etapa de desenvolvimento das crianças.

Incorporar atividades reais e que adequadas ao timing dos alunos.

Promover oportunidades de os alunos contribuírem para as atividades, aulas, comunidades e para o Artesão como um todo.

Reforçar o desenvolvimento de inteligência emocional e social o tempo todo no ambiente escolar:

Promover oportunidades de os alunos desenvolverem competências sociais e emocionais diariamente: quaisquer atividades dos alunos devem ter em mente o foco de desenvolver a inteligência emocional e social. Isso deve guiar o design de atividades.

Incorporar e integrar o desenvolvimento ou discussão das competências sociais e emocionais em outras áreas do conhecimento: integrar o conhecimento em outras aulas ou discussões é uma forma de manter o aluno em contato com o conhecimento que ele usará par a vida toda. Pedir aos alunos identificarem em algum personagem de um livro que faça parte da leitura escolar características que o tornem perseverante, por exemplo. Peça também para eles identificarem quais as evidências no comportamento daquele personagem que faz com ele o identifique como perseverante.

Lembrar aos alunos de utilizarem as técnicas e estratégias envolvendo inteligências emocional e social quando em situações de stress, como antes de provas e testes e em eventuais discussões: quanto mais usarem as estratégias, mais terão a capacidade de lidar com stress e treinar suas competências emocionais e sociais. Quanto mais eles verem o valor desse aprendizado na prática, mais ficarão engajados e valorizarão o conhecimento.

Deixar à vista materiais, como posters como referências e lembretes aos alunos nos espaços escolar: o simples fato de deixar à vista materiais de referência, ajudam os alunos a aprenderem, o tempo todo, as competências sociais e emocionais. Além de reforçar a cultura escolar.

E os adultos?

Capitaneado pelo Instituto Ayrton Senna, o debate das competências sociais e emocionais ganhou força no último ano. Como estudiosa do tema e defensora ferrenha da incorporação do desenvolvimento dessas habilidades em escolas, de forma que as crianças sejam preparadas para a vida, deparo-me com adultos que tornam-se contra-exemplos de inteligência emocional. E acabam, dificultando a implantação desse currículo de forma eficaz e que garanta a aprendizagem das crianças.

Incentivar os adultos a aprender, refletir e praticar suas próprias habilidades sociais e emocionais também torna-se fundamental para o sucesso da implementação de um currículo de competências sociais e emocionais.

A discussão está focada nas crianças: como desenvolver habilidades para a vida em crianças? Porém, parte do processo fica capenga, quando esquecemos dos outros atores envolvidos. Volto ao modelo que já apresentei em um post anterior:

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Modelo de Implementação de SEL por Tonia Casarin – Copyright

Manter os pais e responsáveis informados sobre o desenvolvimento das competências sociais e emocionais na escola torna-se fundamental, além de ensiná-los como podem reforçar esse desenvolvimento em casa.

Estamos exigindo das crianças o que os adultos não têm.

Incentivar os adultos a aprender, refletir e praticar suas próprias habilidades sociais e emocionais também torna-se fundamental para o sucesso da implementação de um currículo de competências sociais e emocionais.

E talvez essa interação com pais precise da ajuda da escola. Construir relações respeitosas entre comunidade escolar, além de um ambiente colaborativo e de confiança que seja visíveis para os alunos é fundamental, não somente dentro da escola, como também em casa. Os adultos devem ser exemplos a serem seguidos.

Esse desenvolvimento pessoal envolve o desenvolvimento profissional contínuo dos educadores em todos os níveis da escola é fundamental. Como disse James Baldwin,” As crianças nunca são muito boas para escutar os mais velhos, mas elas nunca falham em imitá-los.” Garantir que toda a equipe escolar modele atitudes positivas que seja evidente a utilização de inteligência emocional e social em suas relações, entre os colegas da escola, com os próprios alunos, professores e pais e responsáveis. Nem todos os programas de implementação de desenvolvimento de competências sociais e emocionais têm sucesso. E a chave para o sucesso parece ser a preparação de professores.

Mas antes, eles precisam aprender como fazer isso…

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Dessa forma, a parceria da CAPES com o Instituto Ayrton Senna realmente torna-se fundamental para que o Brasil continue a evoluir no campo das competências sociais e emocionais. O Programa de Apoio à Formação de Profissionais no Campo das Competências Socioemocionais busca fortalecer redes de pesquisa que tenham foco no desenvolvimento dessas competências e a formação de professores nessa área.

Estou curiosa e entusiasmada para ver as propostas aceitas e poder contribuir para o campo de competências sociais e emocionais. Contem comigo.